sábado, 3 de novembro de 2007

Do outro lado da rua tem uma flor.
Babilônia urbana.
Talvez, se eu atravessasse, poderia...

- Carros -

Do outro lado cinza da rua tem uma flor.
Violência urbana.
Cabanas de papelão povoam o asfalto duro e sujo.
Talvez, de cabeça em pé, poderia...

- Álcool -

Do outro lado cinza da rua escaldante tinha uma flor.
Carência urbana.
de dignidade, respeito, afeição.
Não mais nos afeta.

- Urbanos -

Pode até ser que, de um jeito ou de outro,
do outro lado – ali, bem perto! – do outro lado da rua,
eu realmente esteja vendo (e sentindo o cheiro)
de uma flor, pseudo-flor, caramujo-flor,
que lesmamente se arrasta cada vez mais
para longe de mim e da brutalidade urbana
que não cessa desabrochar.

3 comentários:

Unknown disse...

preciso falar?!

acho que não! você pode sentir! =)

Küsse!

arrivederci! :P

Amanda disse...

Ah, eu não sei elaborar comentáros feito os seus, mas gostei muito mesmo. Parabéns! E muito obrigada pela atenção dedicada ao meu blog,
abraço.

Anônimo disse...

Baita simbolismo!
Se é que pode se chamar de simbolismo, algo tão real quanto poesias, frutos reais de nossas mentes.