quinta-feira, 8 de março de 2007

(.)

VENTRILHAR

Na ilha de Lia,
num barco de Rosa,
nas ondas de Chico.

Entre na ilha esguia de Lia,
das nuvens, do vento,
e um breve lamento irá escutar.

Penetrando sua bílis, que
lê o anúncio das vozes
festivas, roucas, amarelas,
sequëlas daquilo que se chamou lar.

E a trilha que deixa o barco de Rosa
formosa, carinho, na ilha de Lia,
perdia o conceito, pudores, preceitos;
perdera seu mar.

Lia perdera seus sonhos antigos,
seus falsos amigos,
e num estalo de alegria avista o barco de Rosa,
seus rastros, seus sulcos,
e corre pra lá.

Só. (...) Nem. (...)

No ventre de Lia, fermentam estrias.
Seu lar, sem magia.
Aberto à qualquer sorte,
fica Lia lá,
sentada, lá,
o tempo, lado a lado,
parado, um detalhe – um instante
incomensurável, distante de um amanhã seguro.

Se a areia, farinha;
se a folha da palmeira, seu teto;
ao menos o vento entra sorrindo,
sonhando, faceiro, na esguia ilha de Lia.

De um lado ao outro de espaço nenhum,
distância do mundo, Lia segue vagando,
ventrilhando esperanças
em um lugar comum...


Um comentário:

Anônimo disse...

Manuu!!!
Adoreii a poesiaa!! Pensei de inicio q eu nao fosse entender, mas entendi sim e achei muito linda!!! Fiquei muito feliz de saber q eh uma de suas preferidas!! =D

Te amo demaiss!!!

bjuxxx!!!

Drikaa!